Nuno da Câmara Pereira - Marquez de Linda-A-Velha
Nos fins do século passado
Um lindo breque, tirado
Pela mais bela parelha
Para alta noite, hora morta
Guizalhando junto à porta
Do Marquez de Linda-a-Velha
Para alta noite, hora morta
Guizalhando junto à porta
Do Marquez de Linda-a-Velha
Lá dentro há rambóia e farra
O Marquez toca guitarra
P'rá Julia da Amendoeira
E nos salões do Marquez
Há palmas de quando em vez
Aos motes da cantadeira
E nos salões do Marquez
Há palmas de quando em vez
Aos motes da cantadeira
Do breque sai uma dama
Senhora nobre e de fama
Nos anais da fidalguia
Que sente um certo azedume
E uma ponta de ciúme
P'la mulher da Mouraria
Que sente um certo azedume
E uma ponta de ciúme
P'la mulher da Mouraria
Ela entrou, calou-se tudo
E nesse ambiente mudo
Uma voz sobressaiu
A Júlia, altiva e bizarra
Cantou mesmo sem guitarra
Um fado triste e saiu
A Júlia, altiva e bizarra
Cantou mesmo sem guitarra
Um fado triste e saiu
A assistência entreolhou-se
O nobre portão fechou-se
E guizalhou a parelha
O Marquez vive isolado
E nunca mais se ouviu fado
Nos salões de Linda-a-Velha
O Marquez vive isolado
Nunca mais se ouviu fado
Nos salões de Linda-a-Velha
Written by:
Manuel Maria
Publisher:
Lyrics © O/B/O DistroKid
Lyrics powered by Lyric Find