PapaMike - Inferno de King 2

Oi, oi
Vocês não queriam ele de volta?
Hahahahahahaha
Sejam bem-vindos ao Inferno de King, Parte 2

Na madruga, minha fuga com uma draga na cinta
Meu lado bom pede ajuda, o lado mal só quer treta
O capeta me aluga, a mente buga, me dá finta
A testa enruga, a alma enxuga sangue pela camiseta

A pele preta se camufla pela sombra da floresta
Olha da greta pela aresta, minha marreta faz a festa
De Beretta e Fiesta, fuga feia, acha que testa
O meu Opala corta na bala, nem pra acertar ele presta

Vejo na vala a catinga na desova de coringa
Meu lado bom me xinga, o lado mal me pede pinga
E charutos sem ser cubano, escuto ele rocando
Seis canecos, acelero esse treco e sigo o plano

De mais corpos na vala, bota a balaclava, trava
E destrava o sistema do gatilho da escopeta
Minha seita derradeira na espreita da biqueira
Hoje é 13, é sexta-feira e quem sorri é a Caveira

Prazer, me chamo Marcone, pode me chamar de King
Repete três vezes King que sua vida vira um ring
Se me encara, sua cara para na sola da bota
45, pé na porta, olhou da greta, foi pra grota

Puxo a nota, canto a letra, sigo a rota do foguete
Foi pra grota com o truta, da manota é lembrete
Da volta, puxo o tapete, é o macete da inteligência
Dois minutos de conversa, termino as diligências

Sei onde se esconderam o fogueteiro, deu o papo
Me trata feito assombração porque chego com a neblina
E da noite, eles mal sabem que tem um cuzão no mato
De luneta, seguindo meus passos com carabina

Por isso, apago os postes, subo o morro no escuro
E a lenda fica mais forte, ouço uivos e sussurros
Os cachorros sentem medo que se alastra
Com a risada da Caveira, esses palhaços perdem a graça

Das profundezas do Inferno, a Caveira dá um sorriso
Tema de terror moderno pra bandidos, os prejuízos
Sete taças, sete palmos, vários corpos onde piso
Faço o Juízo Final, sou o final sem ter juízo

Das profundezas do Inferno, a Caveira dá um sorriso
Tema de terror moderno pra bandidos, os prejuízos
Sete taças, sete palmos, vários corpos onde piso
Faço o Juízo Final, sou o final sem ter juízo

De sobretudo, eu penso sobre tudo, sobre o mundo
Sobe mudo, submundo, subtraio moribundos
Só afundo oriundos de lacaios vagabundos
Não confundo os imundos, sou animal feito Edmundo

Na corrida dos malotes, passo um trote pro Nerd
Compra uma visão noturna se quiser pegar o Freddy Krueger
Conheço bem os locais pro seu disparo
Tinha uma Luger na cinta de um rato, isso é raro

Caro amigo, tá puto comigo? Sabe que eu não ligo
Já fui trigo, sou joio, sou comboio do castigo
Deixei um presente contigo, tu nem me viu no drone
Está no seu porta-malas, cara, compra um carro de homem

Um HB20 preto na entrada da mata
O pneu já tava furado, não é culpa da minha faca
Trata de mudar os planos, nesse ramo tô há mais tempo
Conheço a natureza, a neblina e quando há vento

Até fazer o cálculo para o disparo de precisão
Eu sumo, me acostumo com o rumo da escuridão
Um abração pra confraria, espero que não me xingue
Se eu fosse você, não entraria no Inferno de King

De volta pro Opala com porta-malas lotado
Logo não terá mais vala pra mala, enterrado
Do meu lado, um arcanjo, sua presença me traz paz
Do outro lado, ouço arranjo do banjo de satanás

Quero mais, sobe o gás, o sol nasce, me tiro
Como animais noturnos, lobisomens ou vampiros
Madrugada, sexta-feira, volto pra Ilha da Caveira
Sonho com trincheiras, sangue podre isso cheira

Acordo com a mesma tonteira, noite tensa, sexta-feira
Carro cheio de poeira, onde fui fazer besteira?
Pego minha marmita enquanto apita o despertador
No rádio, grita mesma fita da voz do apresentador

Do programa, sobre o trama do Justiceiro
Pesadelo de maconheiros, Frank Castle mineiro
De pistas, só deixa mortes dos chefes e marcas de botas
Cancelava CPFs, agora subtrai CNPJs

Das profundezas do Inferno, a Caveira dá um sorriso
Tema de terror moderno pra bandidos, os prejuízos
Sete taças, sete palmos, vários corpos onde piso
Faço o Juízo Final, sou o final sem ter juízo

Das profundezas do Inferno, a Caveira dá um sorriso
Tema de terror moderno pra bandidos, os prejuízos
Sete taças, sete palmos, vários corpos onde piso
Faço o Juízo Final, sou o final sem ter juízo

Essa cidade tem medo de mim, eu vi a sua face
As ruas são sarjetas dilatadas e estão cheias de sangue
E quando os bueiros finalmente transbordarem
A imundice de tanto sexo e matança vai espumar até a cintura

E todas as rabeiras e políticos vão olhar pra cima clamando "Salve-nos!"
Eu vou sussurrar "Não!"
Agora o mundo todo tá na beirada
Olhando pra dentro do inferno

E todos os liberais e intelectuais, de fala macia
E, de repente, ninguém mais sabe o que dizer
Lá embaixo, esta cidade horrível
Grita como um matadouro cheio de crianças retardadas
E a noite fede à fornicação e consciências imundas

Written by:
Mathiolli Goncalves Costa

Publisher:
Lyrics © ONErpm

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