Carlos do Carmo and Pedro Osorio - Os Putos

Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
E o céu no olhar, dum puto

Uma fisga que atira, a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser, criança
Contra a força dum chui, que é bruto

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens

As caricas brilhando, na mão
A vontade que salta, ao eixo
Um puto que diz, que não
Se a porrada vier, não deixo

Um berlinde abafado, na escola
Um pião na algibeira, sem cor
E um puto que pede, esmola
Porque a fome lhe abafa, a dor

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens

Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens

Written by:
Jose Carlos Pereira Ary Dos Santos, Manuel Paulo De Carvalho Costa

Publisher:
Lyrics © Peermusic Publishing

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Carlos do Carmo and Pedro Osorio

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