Pedro Paulo - Centro do Grajaú

Pensei, que fosse mais um dia pra escrever
Sei lá, algumas poesias declamar
Parar, e ver o que se pode entender
E ler, pra não sentir a mente fraquejar

É foda, agora ser do contra tá na moda
filósofos formados com uma pós em idiota
Falando pelo cu pela direita e na canhota
Enquanto vagabundo bate palma pra chacota

É feio, covarde, esquisito e tá em voga
Injeta seu discurso na tua veia como droga
Seu sonho de consumo uma nove e uma Toyota
Seu cérebro pequeno muita ideia não comporta

E agora? Como se faz pra merecer?
Se lá na minha área, o senhor deve saber
Cenário da desgraça com a fome pra vencer
O povo tá na luta, mas sem as perna pra correr

Eaeeee? será que deu pra entender?
Quem larga em primeiro tem mais chance de vencer
Essa regra é muito clara e você finge que não vê
Porque? Tá com medo de perder?

Do centro do Grajaú pra central do mundo
Eu vou mandando essa letra em forma de escudo
Na paranoia delirante com medo do escuro
A realidade vai mudando num microssegundo

Do lado de cá eu vejo o obscuro
A parte mais feia e indesejável desse muro
Onde as vozes abafadas se misturam com sussurros
A tua ideia de cu d'agua eu picoto e faço um furo

No duro, a gente dá no dia dia
A porta da esperança nós carrega como guia
Driblando os problemas com sarcasmo e ironia
Levando a vida no limite da biologia

E pinga, pra vida virar poesia
Porque a embriaguez faz parte da democracia
Suingue no gingado e na labia maestria
Papo reto, atitude, sempre negando as heresia

Da vida! Como se faz pra merecer
Na cidade desespero você finge que não vê
Enquanto eu mando esse verso alguém tá prestes a morrer
Eaeee? Mas e dae?

Do centro do Grajaú pra central do mundo
Eu vou mandando essa letra em forma de escudo
paranoia delirante com medo do escuro
A realidade vai mudando num microssegundo

Homem burro, é foda, meu chapa
E pior que enfrentar o Mike Tyson na porrada
Ja to chapadão de kunk não to entendendo nada
Fala um pouco com a parede que minha mente tá cansada

Relaxa, e não solta teus latido.
Enquanto meu grave bate lá dentro dos teus ouvido
Não me olhe com essa cara como tivesse entendido
Gostaria tá errado, mas essa porra eu duvido

E digo! pra todos que estão presente
Não esqueçam de andar de forma consciente
Se quiser colar no baile, chega junto com a gente
Mas sabe que na minha terra teu visto num é permanente

Do centro do grajaú pra central do mundo
Eu vou mandando essa letra em forma de escudo
Na paranoia delirante com medo do escuro
A realidade vai mudando num microssegundo

Written by:
Pedro Paulo Camara

Publisher:
Lyrics © O/B/O DistroKid

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