Cristiano Quevedo and Diego Müller - A Filha do Patrão
Nos fins de tarde, depois da lida,
Nos verões da vida vivo a te encontrar...
Na hora do mate vem prosear comigo...
...Sei que não suspeitas deste meu pesar!
– Nos crescemos juntos nesta estância velha
E aprendemos juntos as primeiras letras...
Dividimos muitas vezes o pesqueiro
E machucamos juntos os pés nas rosetas!
O tempo escorrendo foi tecendo a teia
Do destino que cabe para os desiguais...
Hoje eu domo potros, campereio léguas,
Nos campos imensos – que são dos teus pais!
– Brilhos... danças... sedas: são labaredas
A fazer coivaras pra depois, assim,
Germinar os sonhos que depois florescem
Nas noites insones em que penso em ti!!!...
Teus olhos – brilhos – num sorriso meigo...
E os meus olhos presos no chispar dos teus...
Os teus silentes, na amizade das retinas,
Nem se apercebem dos segredos meus!
Teus lábios – danças – a sarandear palavras,
Que bem resguardas, com atenção...
Meus lábios, medo de errar ao ler as lavras,
Que estão escritas nas ânsias do meu coração!
Teus cabelos – sedas, de um negror profundo –
Que entre um mate e outro vejo rebrilhar...
– Na tua mão direita o brilho delicado
Do anel de noiva... que me dói no olhar!!!
Written by:
Cristiano Quevedo, Diego Müller, Vasco Velleda
Publisher:
Lyrics © ONErpm
Lyrics powered by Lyric Find