Carolina Soares - Jogo de Angola

No tempo que o negro
Chegava fechado em gaiola
Nasceu no Brasil, quilombo
E quilombola
E todo dia negro fugia
Jogando a corriola
De faca de ponta e zunido de bala
Negro voltava pra argola
No meio da senzala
E ao som do tambor
Primitivo berimbau, marca
E viola
Negro gritava abre alas!
Vai ter jogo de angola
Perna de brigar camará
Perna de brigar olé
Ferro de furar camará
Ferro de furar olé
Arma de atirar câmara
Arma de atirar olé, olé
Dança guerreira
Corpo do negro e de mola
Na capoeira
Negro embola e desembola
E a dança que era
Uma festa do dono da terra
Virou a principal defesa
Do negro na guerra, pelo
O que se chamou libertação!
E por toda força, coragem e rebeldia
Louvado será todo dia
Esse povo cantar e lembrar
O jogo de angola da escravidão Do Brasil

Written by:
PAULO CESAR FRANCISCO PINHEIRO, MAURO OLIVEIRA

Publisher:
Lyrics © Sony/ATV Music Publishing LLC, Warner Chappell Music, Inc.

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