Martinho da Vila - Batuque na Cozinha / Patrão, Prenda Seu Gado / Pelo Telefone

Salve a santíssima trindade
Dá licença, dá licença
Da música popular brasileira
(Suas bençãos) Djonga, Pixinguinha
(Epa) e João da Baiana

Não moro em casa de cômodo
Não é por ter medo, não
Na cozinha muita gente
Sempre dá em alteração

Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé

Eu fui na cozinha pegar uma cebola
E o branco com ciúme de uma tal crioula
Deixei a cebola, peguei na batata
E o branco com ciúme de uma tal mulata
Peguei no balaio pra medir a farinha
E o branco com ciúme de uma tal branquinha

Então não bula na cumbuca não me espante o rato
Se o branco tem ciúme que dirá o mulato

Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé

Eu fui na cozinha pra tomar um café
E o malandro 'tá com olho na minha mulher
Mas comigo eu apelei pra desarmonia
E fomos direto pra delegacia

Seu comissário foi dizendo com altivez
É da casa de cômodos da tal Inês
Revistem os dois, bota no xadrez
Malandro comigo não tem vez

Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé

Seu comissário, estou com a razão
Eu moro na casa de piração
Eu fui apanhar meu violão
Estava empenhado com Salomão

Eu pago a fiança com satisfação
Mas não me bota no xadrez com esse malandrão
Que faltou com respeito a um cidadão
Que é Paraíba do Norte, Maranhão

Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé

Oh patrão
Oh patrão
Oh patrão, prenda seu gado
Na lavra tem um ditado
Quem mata gado é jurado
Missa de padre é latim
Rapaz solteiro é letrado
Em vim preso da Bahia
Só porque fui namorado
Uma dama Diê, lalá

Samba ioiô
Samba iaiá
Que o dia e vem, dona

Samba ioiô
Samba iaiá
Que o dia e vem, dona

Eu bem sei (eu bem sei)
Eu bem sei
Eu bem sei que fui culpado
De vir preso da Bahia
Só porque fui namorado
Já tirei meu passaporte
Meu camarote de proa
Eu aqui não vou ficar (não vou)
Vou-me embora pra Lisboa
Senhorita vai vê, dona

Samba ioiô
Samba iaiá
Que o dia e vem, dona

Ô, Joana, ô Maria
Saruê pra quem trabalha
No pescoço da cutia
No pavilhão de Atalaia
Era onte, era donte, era hoje
Era hoje, era onte, era donte
Sinhazinha mandou me chama
Corri quatro cantos, balão de iaiá
Balão ê, balão á

Balão ê, balão á

Era hoje, era onte, era donte
Era donte, era onte, era hoje
Era hoje, era onte, era donte

O chefe da polícia
Pelo telefone mandou me avisar (pelo celular)
Que na Carioca
Tem uma roleta para se jogar

O chefe da polícia
Pelo telefone mandou me avisar (pelo celular)
Que na Carioca
Tem uma roleta para se jogar

Ai, ai, ai
Deixa as mágoas para trás, ó rapaz
Ai, ai, ai
Fica triste se és capaz e verás

E o chefe da polícia (que chefe)
Pelo telefone (pelo celular)
Mandou me avisar
Que na Carioca tem muita banca
É

Written by:
Joao Machado Guedes

Publisher:
Lyrics © Sony/ATV Music Publishing LLC, Tratore

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