Amália Rodrigues - Fado dos Fados

Aquele amor derradeiro maldito e abençoado
Pago a sangue e a dinheiro
Já não é amor, é fado
Quando o ciúme é tão forte
Que ao próprio bem desejado
Só tem ódio ou dá a morte
Já não é ciúme, é fado
Canto da nossa tristeza
Choro da nossa alegria
Praga que é quase uma reza
Loucura que é poesia um sentimento que passa
A ser eterno cuidado e razão de um desgraça
Assim tem de ser, é fado
O remorso de quem sente
Que se voltasse ao passado pecaria novamente
Já não é remorso, é fado
E esta saudade de agora
Não de algum bem acabado
Mas das saudades de outrora
Já não é saudade, é fado
Canto da nossa tristeza
Choro da nossa alegria
Praga que é quase uma reza
Loucura que é poesia um sentimento que passa
A ser eterno cuidado e razão de um desgraça
Assim tem de ser, é fado
Um sentimento que passa a ser eterno cuidado
E razão de um desgraça
Assim tem de ser, é fado

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